Guia Definitivo do Bounce de Email

O que é um Bounce?

Um bounce de email é uma mensagem que é devolvida ao remetente porque um email não pôde ser entregue a um determinado destinatário.

Quando um email não consegue ser entregue ao destinatário, as razões podem ser diversas, de natureza temporária (reversível) ou permanente (irreversível).

Para se comunicar, enviando e recebendo emails, utiliza-se o SMTP (Simple Mail Transfer Protocol), que é um protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol ou Protocolo de Controle de Transmissão por IP).

Esse protocolo prevê a maneira como as comunicações são feitas, desde conexões, formatos, até códigos que dizem qual foi a conclusão de um determinado procedimento (que veremos mais adiante).

Quando a mensagem de conclusão de um procedimento é negativa, temos o bounce.

E, de acordo com o retorno negativo, classificamos os bounces em 2 tipos: soft bounce e hard bounce.

Soft Bounce (erro temporário / reversível)

Acontece quando um email não pode ser entregue por razões que sejam reversíveis, isto é, quando essa indisponibilidade, falha ou bloqueio é de caráter temporário.

Dentre os muitos motivos para um soft bounce (falha temporária de entrega), podemos citar:

• Caixa de email cheia
• Serviço temporariamente indisponível
• Filtros antispam e firewall
• Graylisting (que é uma espécie de bloqueio temporário)
• Problemas de configuração e segurança
• Timeout (demora na conexão)
• Domínios com intermitência / instabilidade

Todos esses bounces indicam problemas temporários. Alguns servidores de emails e serviços de email marketing poderão tentar reenviar a mensagem algumas vezes antes de desistir.

O fato é que um endereço de email que tenha sido classificado como soft bounce não deve ser descartado, visto que se trata de um email válido, cuja entrega de mensagens foi interrompida por fatores reversíveis: uma caixa de email lotada pode ter espaço disponível em breve; um serviço indisponível pode voltar ao ar; problemas de configuração podem ser corrigidos; bloqueios antispam podem ser contornados, etc.

Soft Bounces: um status variável entre enviadores

Ao contrário do que veremos em relação aos hard bounces, um email classificado como soft bounce em uma campanha de email de um remetente pode ser entregue normalmente e sem dificuldades na campanha enviada por um outro remetente. Mas, como isso é possível?

Primeira razão: problemas de baixa reputação

Quando falamos sobre reputação e entregabilidade, aprendemos que o comportamento de um remetente de emails irá influenciar diretamente no comportamento do provedor de emails do destinatário.

Então, o remetente A pode ter reputação boa, enquanto o remetente B tem reputação ruim. Resultado: uma campanha enviada por A pode ter sua entrega de email feita sem empecilhos, enquanto o remetente B enfrentou bloqueios.

Segunda razão: você está passando por dificuldades técnicas

Uma instabilidade de provedor é passageira. Um erro de configuração é passível de correção. Portanto, um email que não foi entregue pela manhã poderá ser entregue à tarde. Emails com caixa cheia podem ter espaço de armazenamento liberado.

Lembre-se: soft bounces são impossibilidades temporárias de entrega de um email!

Portanto, tenha muito cuidado com plataformas que afirmam que removem soft bounces das suas listas de contatos de emails.

O que fazer quando identificar soft bounces?

Os soft bounces podem ser considerados sintomas de um ou mais problemas, principalmente para quem envia email marketing.

Saber a natureza dos soft bounces de uma campanha de email marketing é importante para que medidas mitigadoras de problemas sejam imediatamente implementadas, a fim de otimizar os resultados do email marketing.

Podemos agrupar os problemas de soft bounces em 4 tipos:

• Falhas técnicas do remetente
• Falhas técnicas do destinatário
• Bloqueios antispam
• Bloqueios por hard bounces

Para cada um desses problemas existem formas de mitigação que podem ser iniciadas para contornar a situação e voltar a entregar mensagens normalmente para esses endereços de email.

Tipos de Soft Bounce	Sugestões de análise e mitigação
Falhas técnicas do remetente Ausência de configurações básicas, ausência de configurações de autenticações.	- Verifique se as configurações básicas de domínio e MX estão corretas ou se estão passando por alguma intermitência. - Verifique se as configurações de SPF, DKIM e DMARC estão corretas.
Falhas técnicas do destinatário Intermitência de servidores, serviço temporariamente indisponível, caixa de email cheia, timeout, entre outros.	- Destinatários de provedores antigos ainda estão ativos? Vale a pena mantê-los na lista de envio? - Envie o email marketing em horários alternativos. - Reduza o volume de envios por campanha.
Bloqueios antispam Graylisting, blacklisting, filtros de conteúdo, filtros de volume de envio e similares.	- Analise o conteúdo do email em busca de termos inapropriados. - Verifique se o domínio remetente está listado em alguma blacklist (se estiver, remova-o). - Verifique se algum hyperlink do email aponta para algum domínio listado em blacklist (se estiver, remova o hyperlink). - Para bloqueios de volume, reduza o volume diário de envio e faça um processo de warm up.
Bloqueios por hard bounces Envio de campanhas para listas de emails com pelo menos 3% de emails inválidos (hard bounces).	- Elimine todos os emails inválidos de suas listas de endereços de email. - Limpe as listas de envio com a SafetyMails. - Verifique se os pontos de coleta de emails estão com formulários protegidos contra erros comuns de digitação e emails inválidos (a SafetyMails possui uma API pronta para automatizar esse processo).

Hard Bounce (erro permanente / irreversível)

O hard bounce acontece quando um endereço de email não é capaz de receber mensagens definitivamente. Ou seja, o email não pode ser entregue permanentemente, porque o endereço é inválido, não existe, ou foi digitado incorretamente.

Portanto, um email será hard bounce nesses casos:

• O email não existe.
• O domínio não existe ou foi digitado incorretamente.
• Não há registro MX cadastrado para o domínio: em outras palavras, o domínio existe mas não é capaz de receber emails (MX é uma abreviação de “Mail Exchanger”, uma configuração DNS - abreviação de Domain Name System - que direciona o email para um servidor de email).
• O usuário do email (local-part) não existe ou foi digitado incorretamente, isto é, o domínio pode ser capaz de receber emails, mas o usuário informado não existe lá.
• Erros de sintaxe no endereço de email.

Esses bounces indicam problemas de natureza permanente, significando que devem ser removidos das listas de emails.

O que fazer quando identificar hard bounces?

Só existe uma alternativa possível quando falamos de hard bounces: eliminar o registro. Como se trata de um problema de natureza permanente, nada do que for feito mudará o status do email.

A existência de hard bounces em listas de envio de email representa um grande perigo para os resultados do email marketing, pelas seguintes razões:

• Emails inválidos jamais terão sucesso em termos de engajamento ou conversão.
• Bloqueios antispam podem ser ativados, fazendo com que mesmo emails válidos tenham a sua entrega interrompida.
• Queda da entregabilidade, fazendo com que mensagens entregues sejam direcionadas para a pasta spam.

Se você quiser saber se um email é hard bounce, utilize a ferramenta gratuita para verificar emails da SafetyMails.

Além disso, a SafetyMails pode verificar listas de emails com milhões de registros em poucos minutos e entregar um relatório completo. Basta criar uma conta agora mesmo.

Falsos Hard Bounces no mercado de email marketing

Nos últimos anos, plataformas de email marketing e automação têm feito algumas interpretações sobre as mensagens de bounce recebidas e dando o seu próprio significado a cada uma delas.

Quando um email é bloqueado, o domínio remetente e o IP relacionado a ele podem ser listados em blacklists, prejudicando o ecossistema de email marketing, já que um ou mais endereços IP da plataforma de email podem atender a inúmeros enviadores diferentes.

Por isso, a fim de proteger os seus próprios ranges de endereços IP contra problemas, as plataformas de email marketing estão adotando práticas, como impedir o reenvio de emails classificados como soft bounce.

Para isso, endereços de email considerados soft bounce (erro de natureza temporária) podem ser classificados como hard bounce (natureza permanente) nessas plataformas, de modo a obrigar os seus clientes a remover esses endereços de emails de suas listas de envio.

Entre os termos de uso de inúmeras plataformas de email, podemos ler frases como “o lead ser repetidamente classificado como Soft Bounce ou o servidor do email do lead bloquear os recebimentos de seus emails”.

Isto é, emails que são válidos têm sido classificados como inválidos por plataformas de email marketing. Mas, essa classificação é de cunho prático e não técnico, já que os emails continuam sendo válidos e, se fossem enviados por outros remetentes, poderiam ser entregues normalmente.

Se você quiser saber mais detalhes sobre essa prática, recomendamos a leitura do nosso texto que detalha e explica melhor essa prática adotada por plataformas de email marketing.

Impactos do Bounce nos Mercados e Email e E-commerce

Os bounces são extremamente prejudiciais para o mercado, seja por razões financeiras, seja por razões comportamentais.

Bounce no Mercado de Email (ou: por que os provedores de emails odeiam o bounce?)

No contexto do email marketing, os bounces são indicadores claros e críticos da saúde de listas de endereços de email, e da maneira como profissionais de marketing lidam com os seus processos de coleta de dados.

Taxas de hard bounce de apenas 3% podem afetar negativamente a reputação do remetente e levar a severos bloqueios, que afetam a entregabilidade dos emails futuros.

Mas, por que os hard bounces causam tantos problemas a provedores de email a ponto de punirem os remetentes? A resposta está na estrutura de custos e usabilidade dos clientes.

Falando apenas do envio de emails, os provedores precisam lidar com custos astronômicos para manter as suas infraestruturas de conectividade, armazenamento, backup e proteção de dados.

Estudos recentes dizem que os emails têm, em média, 75 kilobytes (contando apenas com o conteúdo em texto do email, que é o que os provedores recebem e armazenam). Um breve cálculo, tomando em consideração o volume atual de 360 bilhões de emails por dia, leva à conclusão de que o total de emails enviados todos os dias exige uma capacidade diária e cumulativa de armazenamento de cerca de 25 Petabytes!

Tente por um momento dimensionar as estruturas de custos dos provedores e a infraestrutura necessária para esse armazenamento de mensagens, além da largura de banda de conexão necessária para trafegar esse volume gigantesco de mensagens (mais de 4 milhões de mensagens por segundo em todo o mundo). É assustador, não?

Sobre usabilidade, os provedores precisam analisar, categorizar e distribuir todas essas mensagens em suas caixas de entrada e pastas promocionais e de spam, a fim de tornar a experiência de uso do serviço de email mais agradável para os usuários. O impacto de processamento de dados também é brutal.

Quando incluímos na equação os emails não entregues por hard bounce, começamos a entender o motivo que leva provedores de emails a detestar esse tipo de email: ocupar, desnecessariamente, largura de banda e processamento de servidores de email com conexões inúteis. Isto porque, para cada única mensagem, é preciso levantar informações sobre o remetente, identificar a disponibilidade do destinatário (se existe ou não) e dar uma resposta.

Hard bounces significam desperdício de orçamento dos provedores de emails.

Outro motivo: provedores de emails chegam à conclusão de que um remetente despreocupado com a qualidade das listas de emails que utiliza fez uso de técnicas questionáveis para a construção dessas listas. Ou seja, é um spammer.

E-commerce: o fator hard bounce

Para o e-commerce, bounces podem prejudicar diretamente os resultados de vendas e relacionamento com os clientes. Sendo bastante claro: emails que nunca serão entregues jamais irão converter novas vendas.

Os emails promocionais, emails transacionais, atualizações e notícias precisam chegar aos clientes de maneira eficaz para que possam trazer resultados.

Quando os processos de coleta de emails são realizados de maneira amadora, as taxas de bounces ficam altas e irão, inevitavelmente, resultar em oportunidades desperdiçadas, aumento de reclamações (complaints) e prejuízo da experiência do cliente.

Entre os prejuízos que o e-commerce enfrenta ao lidar com hard bounces em suas listas de emails estão:

• Aumento do bloqueio por parte dos provedores
• Redução da entregabilidade (mais emails entregues no spam)
• Aumento das taxas de soft bounces (graylisting, bloqueios)
• Aumento dos custos por lead (CPL)
• Redução das taxas de engajamento (que levam à redução de entregabilidade)
• Redução das taxas de conversão (vendas)
• Redução do ROI (retorno do investimento)
• Aumento de custos, tanto em termos de tempo para limpar e manter as listas de emails, como em recursos financeiros associados ao uso das plataformas de email marketing

Estratégias para eliminar bounces de email

Uma das estratégias mais importantes para manter uma alta taxa de entregabilidade e proteger a reputação de IP e domínio do remetente de email marketing é a redução dos bounces, tanto temporários (soft bounces) quanto permanentes (hard bounces).

Dentre as estratégias que você pode utilizar, estão:

• Verificação de emails
• Double opt-in
• Manutenção regular das listas de emails
• Implementação de boas práticas
• Configuração correta de servidores
• Análise criteriorsa do feedback de plataformas de email marketing

Verificação de emails (listas e em tempo real)

Utilizar ferramentas de verificação de email para identificar e remover emails inválidos antes de enviar campanhas de email marketing é uma maneira rápida e eficiente de assegurar a qualidade de listas de endereços de email.

Ferramentas de verificação de email são capazes de identificar também outros tipos de emails, como temporários e spamtraps, tornando o envio ainda mais seguro.

Além disso, integrações para verificação em tempo real de endereços de email digitados em formulários de cadastro fornecem uma camada extra de segurança já no momento do registro do email pelo visitante do website.

É importante realizar a validação de emails de forma contínua, especialmente para listas que não são utilizadas frequentemente. Manter a lista limpa e atualizada é essencial para evitar bounces.

A SafetyMails possui o algoritmo mais completo e preciso para verificar listas de emails e remover endereços de emails inválidos (hard bounces), temporários ou descartáveis, spamtraps, suspeitos, entre outros.

A SafetyMails oferece soluções de validação e verificação de emails que é capaz de identificar e eliminar:

• Emails inváidos
• Emails temporários
• Spamtraps
• Emails Catch-all
• Junk emails

Verificação de emails nos pontos de cadastro - API para formulários

Além de limpar listas de emails, você também pode contar com serviços de verificação de emails em tempo real nos seus formulários de cadastro. Dessa maneira, você impede que novas contas sejam criadas com emails indesejáveis, como os emails temporários.

Outra vantagem da verificação de emails em tempo real: a redução de perdas na geração de leads, evitando emails inválidos no cadastro e otimizando o CPL (custo por lead).

A verificação de emails da SafetyMails está entre as mais confiáveis e com maior precisão de respostas, além de ter a API em tempo real com as respostas mais rápidas.

Double opt-in

Double opt-in é o processo de confirmação onde o destinatário deve confirmar a sua inscrição clicando em um link enviado por email, garantindo que o endereço de email registrado é válido.

Essa garantia se deve ao fato de que o endereço de email informado somente será definitivamente cadastrado na lista de contatos da empresa depois que a confirmação por email tiver sido realizada.

Outra vantagem do double opt-in é esse primeiro engajamento que gera para os emails de confirmação enviados. Esse engajamento (de abertura e clique) é registrado de maneira positiva pelos provedores de emails, podendo facilitar comunicações futuras.

A desvantagem do double opt-in está na sua incapacidade de impedir o cadastro de emails temporários.

Manutenção regular da lista de endereços de email

Realizar a manutenção constante das listas de endereços de email, principalmente com a remoção daqueles que estão inativos e sem engajamento com suas campanhas de email por um período prolongado, é uma prática bastante recomendada.

O principal problema para quem não realiza a manutenção regular das listas são os emails inativos:

• Primeiro, porque emails inativos podem se tornar spamtraps - um grande inimigo da qualidade do email marketing, gerando futuros soft bounces (bloqueios).
• Segundo, porque emails inativos contribuem para a redução das taxas de engajamento, levando a uma futura queda na entregabilidade (inbox placement).
• Terceiro, porque emails inativos representam um custo desnecessário, já que plataformas de email marketing, na sua maioria, cobram por quantidade de contatos armazenados.

Portanto, realize segmentações para identificar emails sem interação e considere removê-los da lista. Hoje em dia esses processos podem ser automatizados nas plataformas de CRM e Email Marketing, e ainda contam com Inteligência Artificial, que colabora com análises comportamentais e insights importantes.

Implemente boas práticas de email marketing

Existem diversas boas práticas no email marketing, relacionadas à maneira como textos são redigidos, imagens são dispostas, hyperlinks, etc.

Em se tratando de bounces, é interessante também realizar envios em lotes menores, de modo a monitorar as taxas de bounces e problemas de entregabilidade em tempo real, possibilitando ajustar as campanhas de acordo com os feedbacks recebidos.

Além disso, crie conteúdos bastante personalizados e bem segmentados, focados em realizar envios para grupos menores e bem conhecidos, aumentando o engajamento e reduzindo as chances de que os emails sejam marcados como spam (complaints) ou rejeitados pelos destinatários.

Recomendamos a leitura do nosso artigo no blog da SafetyMails, falando sobre o roadmap para desenvolver uma ótima estratégia de email.

Configure corretamente servidores e autenticações

Garanta que as configurações dos protocolos de autenticação de email SPF, DKIM e DMARC estejam feitas corretamente, de modo que os emails sejam adequadamente recebidos pelos provedores de emails sem bloqueios (soft bounce), melhorando a reputação do remetente.

O uso dessas autenticações também protege contra spoofing e phishing, tema de outro artigo da SafetyMails que recomendamos a leitura.

Analise o feedback de plataformas de email

Analise os relatórios de bounces fornecidos pela sua plataforma de email marketing, de modo a compreender as causas dos bounces, de modo a corrigir eventuais falhas, buscar sair de blacklists e ajustar as suas estratégias de envio e segmentação.

Embora as plataformas de email marketing atualmente sejam capazes de identificar os motivos dos bounces automaticamente e apresentá-los em relatórios mais amigáveis, é importante ser capaz de identificar tecnicamente essas mensagens sem depender das plataformas.

A seguir, você verá como essas mensagens são tecnicamente categorizadas.

Aspectos técnicos dos bounces

Os servidores de email e plataformas de email marketing são capazes de compreender os tipos de bounce de email a partir de códigos que são informados durante os processos de comunicação entre servidores de email.

Entendendo os códigos de bounces

Como saber o que significa cada mensagem de erro (bounce) recebida? Vamos tentar simplificar a compreensão dessas mensagens.

Existe um código que consiste, basicamente, de 3 algarismos seguidos de algum texto. A parte numérica destina-se a sistemas automáticos (a comunicação entre servidores). A parte textual destina-se a uma descrição do bounce para humanos.

Com o avanço e desenvolvimento da Internet, os códigos também evoluíram e hoje apresentam mais algarismos, com uma série separada de códigos aprimorados que se destinam a ser mais bem estruturados, consistindo em três campos numéricos separados por aspas.

Entretanto, tendo conhecimento da primeira parte dessas mensagens, já será possível partir para ações de mitigação de problemas.

Vamos abordar rapidamente os significados do primeiro algarismo, que é a classe que dirá, no final das contas, objetivamente, se o email foi ou não entregue e, neste caso, do que se trata o bounce.

O primeiro dígito da classe define se a resposta foi positiva ou negativa.

Código	Descrição	Significado
2	Success	Significa um retorno positivo para a ação de entrega.
4	Persistent Transient Failure	A mensagem é válida, mas o comando não foi aceito e a ação solicitada de entrega não ocorreu. Contudo, a condição de erro é temporária e a ação pode ser solicitada novamente.
5	Permanent Failure	Resposta de conclusão negativa permanente: o comando não foi aceito e a ação solicitada de entrega não pôde ser realizada.

Lista de códigos SMTP mais comuns

Eis uma lista resumida com os principais e mais comuns códigos de erro nas comunicações SMTP.

Família de Conclusão Positiva (Classe 2)

Embora essa família possua diversos códigos, para efeitos de email marketing, somente um deles nos interessa: o código 250 - Requested mail action okay, completed. Ou seja, o email foi devidamente entregue.

SMTP code	Descrição	Significado
250	Requested mail action okay, completed	Sucesso! O email foi entregue.

Família de Conclusão Negativa Temporária (Classe 4) - SOFT BOUNCE

SMTP code	Descrição	Significado
421	Service not available, closing transmission channel	Um dos servidores (de envio ou de recebimento) não está acessível e uma nova tentativa de entrega será feita.
450	Requested mail action not taken: mailbox unavailable	Esse erro significa que o email não tem permissão de recebimento da mensagem ou que a mensagem foi rejeitada por causa de bloqueio ou filtro antispam. Verifique se o seu domínio ou IP estão em uma blacklist.
451	Requested action aborted: error in processing	Erro de processamento do servidor de recebimento do email, devido a regras de autenticação, como o SPF.
452	Requested action not taken: insufficient system storage	O servidor de recebimento dos emails está sobrecarregado por excesso de mensagens enviadas ou está sem espaço de armazenamento.
455	Server unable to accommodate the parameters	O servidor está indisponível para processar o comando no momento. Será necessário fazer uma nova tentativa depois.

Família de Conclusão Negativa Permanente (Classe 5) - HARD BOUNCE

SMTP code	Descrição	Significado
500	Syntax error, command unrecognized	O servidor que receberia o email não reconhece o comando. Até que o comando seja reconhecido ou algum software que esteja atrapalhando a comunicação seja desativado, não será possível entregar a mensagem.
501	Syntax error in parameters or arguments	O comando foi reconhecido pelo servidor recebedor, mas há erros de sintaxe ou nos argumentos de comando. Às vezes acontece por causa de um email inválido ou incorreto.
521	Server does not accept mail	O servidor não recebe ou envia emails.
550	Requested action not taken: mailbox unavailable	O endereço de email não existe. Verifique se foi digitado corretamente.
551	User not local; please try <forward-path>	The recipient was not found on the server. The message will be forwarded to another email address."); ?>
553	Requested action not taken: mailbox name not allowed	O destinatário não pode ser encontrado devido a erros no endereço de email. Verifique se o endereço está correto.

Quem determina esses códigos e os seus significados?

A comunicação por email é regida por mais de 10 RFCs (“request for comments”, que são documentos técnicos) desenvolvidos pela IETF (Internet Engineering Task Force) desde 7 de abril de 1969, com a publicação da RFC 1 (Host Software).

Só para se ter uma ideia da complexidade envolvida no simples envio e recebimento de um email, aqui estão algumas das RFCs que definem como os emails são transportados entre computadores, no envio (SMTP) e no recebimento (IMAP e POP):

• RFC 5321 Protocolo de transferência de correio eletrônico simples.
• RFC 3501 Este é o protocolo IMAP, usado para ler e-mails.
• RFC 1939 Esse é o protocolo POP mais antigo, usado para ler e-mails.
• RFC 8620 O JMAP, protocolo para buscar, organizar e enviar mensagens, para substituir os protocolos IMAP e SMTP.

Se listarmos também as RFCs que definem alguns padrões de segurança para os protocolos e formatos de email, você verá documentos como:

• RFC 2595 Protocolo usado para atualizar uma conexão IMAP/POP de texto simples para uma conexão criptografada por SSL/TLS.
• RFC 3207 Extensão do serviço SMTP para SMTP seguro sobre segurança da camada de transporte. Esse é um protocolo usado para atualizar uma conexão SMTP de texto simples para uma criptografada por SSL/TLS.
• RFC 5246 Protocolo de segurança TLS versão 1.2. Usado para criptografar uma conexão.
• RFC 6376 Identificação do DKIM. Permite que os emails sejam assinados por um domínio específico para garantir que não tenham sido adulterados e para dizer que esse domínio reivindica a responsabilidade pela mensagem.
• RFC 8617 Cabeçalho ARC. Esse é um protocolo que verifica o status anterior de autenticação das mensagens encaminhadas.

Ainda assim, não falamos de todas as RFCs que existem voltadas para a comunicação via email, tamanha a sua complexidade. Para saber mais sobre a IETF e as RFCs, visite https://www.ietf.org/.

Conclusão

Os bounces de email representam um desafio significativo para campanhas de email marketing e sua gestão eficaz é essencial para manter a entregabilidade e a reputação do remetente.

Compreender a diferença entre soft bounces e hard bounces e aplicar estratégias para reduzir esses problemas é fundamental para o sucesso de qualquer iniciativa de comunicação por email.

Por isso, verificar e validar listas de email, implementar processos de double opt-in, realizar manutenção regular das listas de contatos, seguir boas práticas de envio e garantir configurações corretas de autenticação de servidor são passos essenciais para evitar os bounces, sejam eles do tipo permanente (hard bounce) ou temporário (soft bounce). Além disso, compreender os códigos de erro SMTP e analisar relatórios de bounces permite ajustes precisos e melhorias contínuas.

Concluindo, ao compreender esse tema é possível reduzir a incidência de bounces, melhorar o engajamento com o público-alvo e, consequentemente, aumentar a eficácia das campanhas de email marketing.

Aproveitando a sua visita, ressaltamos que a SafetyMails oferece ferramentas e serviços que podem auxiliar nesse processo, garantindo listas de emails mais limpas e campanhas mais eficientes.