Hard Bounces são péssimos para a sua reputação, pois causam bloqueios nos provedores e também nos enviadores de e-mail. Porém, existem diversos outros e-mails que, ainda que não sejam necessariamente emails inválidos, podem prejudicar suas campanhas e reduzir as suas taxas de entrega, ou até mesmo gerar severos bloqueios.
Cuidado com emails ruins que não são bounces.
Capitão Caio Inbox
É importante conhecer esses emails inválidos e, neste artigo, nós vamos apresentá-los a você.
Tabela de Conteúdos
1- Spamtraps
Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre os spamtraps, mas saiba que eles são muito prejudiciais para o seu e-mail marketing. Quem sabe você não possui alguns desses endereços na sua base?
Em termos práticos, spamtraps (e-mails armadilha) são endereços reais de e-mail utilizados com o objetivo de identificar e punir enviadores de spam.
Lembre-se que, hoje em dia, o spam não é mais caracterizado somente pelos envios de mensagens não solicitadas, mas também pelas mensagens inoportunas ou excessivas. Portanto, sua base pode ter, sim, endereços de spamtraps.
Tipos de Spamtraps
Existem dois tipos de spamtraps no cenário do email marketing atualmente. Cada um deles possui um propósito e um modo de operação. Os gestores de marketing digital precisam ficar atentos a ambos e evitar, a todo custo, a existência desses endereços em suas bases:
Spamtraps novos
São endereços de emails inválidos novos, criados por provedores (como o Hotmail) e blacklists (como o Spamhaus) e espalhados por websites, foruns, etc., para que sejam encontrados por spammers através de harvesting ou ataques de dicionário.
Harvesting (colheita) é quando alguém utiliza um bot (software de automação) com o objetivo de vasculhar a Internet, buscando endereços de e-mails em sites, blogs, foruns, etc. Encontrando estes e-mails, eles são armazenados em um banco de dados.
Para saber o que é um ataque de dicionário, veja abaixo, no número 2, Scraped emails.
O interessante sobre os spamtraps novos é que eles foram criados apenas com esta finalidade, ou seja, nunca possuíram usuários reais como seus proprietários e tampouco foram utilizados para realizar cadastros ou trocas de mensagens. Desta maneira, é possível afirmar que quem possui spamtraps desta categoria em suas bases de e-mails certamente comprou listas ou realizou “varredura” (harvesting) em busca de e-mails.
Perceba que os endereços de spamtraps não geram bounces (erros). Eles existem e recebem e-mails normalmente. Também é importante ressaltar que spamtraps novos nunca realizam aberturas ou cliques de mensagens.
Além disso, não se engane, pensando que endereços de spamtraps são fáceis de monitorar. Não são. Também não são endereços sem sentido como “[email protected]”. Eles se passam por endereços “acima de qualquer suspeita”.
Quando você realiza um envio para um endereço de spamtrap (ou spamtrap hit), você tem sua reputação severamente prejudicada, com uma abrupta queda de pontuação do SenderScore e também passa a ser listado em blacklists, sofrendo bloqueios nos envios futuros de e-mail marketing.
Spamtraps reciclados
Você pode estar pensando agora: “eu não compro bases de e-mails, logo não possuo spamtraps”. O raciocínio, neste caso, está apenas “meio certo”. O correto seria afirmar que, já que não compra bases, não possui spamtraps novos. Mas, há uma segunda categoria de spamtraps com a qual você deve permanecer atento: os spamtraps reciclados.
Além de combater o spam, os provedores precisam garantir que você esteja falando com endereços de e-mail que realmente possuem interação (engajamento), afinal de contas, e-mails enviados para destinatários que não lêem, não geram interação, tampouco exibição de mídia e apenas ocupam espaços nos datacenters.
Por isso, os provedores de e-mails fazem uso dos spamtraps reciclados: são endereços de e-mails que já pertenceram a um usuário, realizaram cadastros, interação com e-mail marekting, trocas de mensagens, mas, em algum momento, foram abandonados ou fechados. Então, eles são reativados pelos provedores e monitorados para saber quem continua realizando envios para aqueles endereços.
Ao realizar envios para esses endereços, os provedores podem iniciar processos de encaminhamento massivo de mensagens para o lixo eletrônico (pasta spam) ou até mesmo realizar bloqueios nas suas campanhas futuras de e-mail marketing.
Para evitar que esses endereços façam parte das suas bases de e-mails, elimine endereços que não tenham qualquer engajamento há mais de 3-6 meses.
2- Scraped emails
A origem do termo é inglesa, do verbo “to scrape” (raspar). É uma técnica spammer utilizada para a construção de listas de e-mails, levando em consideração os nomes mais comuns usados nos e-mails corporativos, como vendas@, webmaster@, financeiro@, etc.
Com essa lista de nomes, o spammer recorre a todos e quaisquer domínios possíveis, fazendo a combinação de cada domínio com os nomes disponíveis. Por exemplo, imagine um domínio @raspar.br. Com a lista de nomes citada acima, teríamos, então, [email protected], [email protected] e [email protected]. Viu como funciona?
Então, de posse dos nomes mais comuns e de umas infinidade de domínios, o spammer é capaz de criar uma base de e-mails gigantesca e, ainda que muitos sejam emails inválidos, ainda é possível acertar muitos endereços.
O problema é que os provedores monitoram estes endereços e muitos deles são considerados spamtraps.
Por esta razão, não é recomendado o envio para endereços corporativos cujos nomes sejam muito comuns e genéricos, como vendas, financeiro e tantos outros. O ideal para e-mails corporativos é que seus destinatários sejam pessoas, não departamentos. Um exemplo, [email protected], seria um e-mail interessante, pois você saberia exatamente quem é o destinatário.
Existem outras razões para evitar os scraped e-mails. Para saber mais, recomendamos a leitura do nosso artigo sobre estes e-mails: https://www.safetymails.com/blog/pt/o-que-sao-scraped-lists-e-como-elas-podem-prejudicar-seus-resultados/
3- E-mails descartáveis
Existe uma categoria de e-mails que serve para enganar o double optin (quando o destinatário precisa confirmar o cadastro através de um e-mail com link de ativação).
Estes e-mails são conhecidos por diversos nomes, como descartáveis, temporários ou disposable.
Sua característica principal é seu caráter transitório, perecível. Em outras palavras, estes e-mails funcionam apenas por alguns minutos ou horas. Eles servem para que o usuário consiga realizar um cadastro com confirmação sem, no entanto, precisar cadastrar o seu e-mail pessoal.
Para quem recebeu o cadastro, tudo parece normal, pois o cadastro foi confirmado através de um link enviado por e-mail que foi corretamente ativado.
O problema é que, passado o período de alguns minutos ou horas, o e-mail se torna em um emails inválidos e, portanto, gera um bounce para o remetente. E, como você já sabe, emails inválidos geram bloqueios, não é verdade?
4- Endereços genéricos
Muito semelhantes aos scraped emails, os endereços genéricos são, na verdade, aqueles e-mails cujos destinatários não são pessoas, mas entidades genéricas. Por exemplo, ao invés de um e-mail [email protected], você teria um e-mail [email protected].
Embora a possibilidade de problemas aqui seja infinitamente menor, é importante que você monitore suas inscrições porque esses e-mails costumam ser abertos por diferentes pessoas ao longo do tempo. Hoje, quem cuida do e-mail é a Claudia. Amanhã, Claudia poderá seguir para outra empresa e o e-mail ser assumido por José, que não se inscreveu para receber seus e-mails e, portanto, não sabe da existência deles. Ao receber um novo e-mail, José pode denunciá-lo por spam.
5- E-mails sem engajamento
Você já viu que e-mails que ficam muito tempo sem engajamento podem se tornar spamtraps reciclados. E isso já seria problema suficiente para que você considerasse seriamente remover e-mails com mais de 3 (até 6) meses sem interação.
Mas, ainda que o número de e-mails que são convertidos para spamtraps reciclados seja realmente pequeno frente ao número total de e-mails sem engajamento nas suas campanhas, há uma outra forte razão para remover esses e-mails da sua base: entregabilidade.
Um dos principais fatores que os provedores levam em consideração em seus algoritmos para encaminhar seus e-mails para o inbox ou para a caixa de spam é o total de engajamentos (aberturas) que as suas campanhas possuem.
Se você possui um alto número de destinatários que nunca abrem os seus e-mails, seu engajamento está sendo prejudicado. Consequentemente, mais dos seus e-mails correrão o risco de serem encaminhados para a caixa de spam.
A conta é simples. Imagine dois cenários, A e B, com o mesmo número de aberturas (100). Sua base total possui 224 e-mails sem engajamento em um total de 1000 e-mails. A campanha A enviou todos os e-mails. A campanha B removeu estes 224 e-mails antes de enviar. Em uma conta simples, a campanha A teve 10% de engajamento (100 em 1.000). A campanha B, 12,89% (100 em 776 – pois 224 e-mails sem engajamento foram removidos).
6- Junk emails
Existem alguns e-mails que também podem ser prejudiciais para o seu e-mail marketing por diversas razões e, por isso, recomendamos que procure removê-los de suas bases.
Sequências numéricas
Existem diversos e-mails que são apenas sequências numéricas, como [email protected]. Existe a possibilidade de que sejam e-mails de usuários reais? Claro que sim. Entretanto, podem ser apenas repositórios secundários usados apenas para receber e-mails “desinteressantes”. Logo, o engajamento será baixíssimo ou nenhum.
Muitos desses e-mails numéricos também servem ao sistema bancário. Como as regras de uso dos e-mails nesse mercado é muito severa, raramente estes e-mails receberão suas mensagens (por causa de fortes filtros antispam) ou elas serão ignoradas.
Palavrões
Muitas pessoas costumam realizar cadastros com e-mails que utilizam palavras de baixo calão ou palavrões, além de termos de cunho sexual. Se possível, remova todos estes e-mails de sua base.
Como os sistemas antispam também possuem filtros de palavras, quando seus e-mails forem entregues, eles poderão acionar estes mecanismos de bloqueio e prejudicar as suas campanhas.
7- E-mails de sistema
Com o crescimento do e-commerce, os e-mails transacionais tornaram-se muito comuns. Não é difícil receber e-mails como “[email protected]”, “[email protected]”, entre outros.
Como estes e-mails pertencem a sistemas automatizados de envio, na maioria dos casos não haverá ninguém que responda ou interaja com estas mensagens.
8- E-mails com histórico de bloqueios
Este é um outro tipo de e-mail que precisa ser analisado com critério. Eles não são e-mails inválidos, mas possuem um histórico de bloqueios anteriores.
Muitas ferramentas de e-mail marketing hoje em dia, inclusive, passaram a classificar estes e-mails como hard bounces (e-mails inválidos), como MailChimp, RD Station, entre muitas outras, como você pode ver neste artigo, onde damos maiores detalhes: https://blog.safetymails.com/e-mail-valido-ou-hard-bounce-mudando-conceitos/
Por isso, esteja sempre atento.
Como evitar emails inválidos
O mundo ideal é remover 100% dos e-mails problemáticos de suas bases de envios para que você tenha uma excelente reputação e o mínimo de problemas gerados por causa de gestão de bases.
Cada tipo de e-mail tem uma solução. Vamos separar as soluções em dois tipos:
- Validação e Verificação de Bases: neste caso, uma ferramenta como a SafetyMails pode identificar e remover uma enorme parte dos e-mails potencialmente prejudiciais à sua reputação. São eles:
- Inválidos
- Spamtraps
- Scraped emails
- Descartáveis
- Junk
- Análise local: aqui, será necessário cruzar os seus dados históricos de envios e seus dados locais das bases de e-mails:
- Endereços genéricos
- E-mails sem engajamento há muito tempo
- E-mails de sistema
- E-mails com histórico de bloqueios
Se quiser fazer a validação e verificação de suas bases de e-mails, recomendamos que utilize a SafetyMails, uma das Startups MarTechs mais inovadoras do Brasil, segundo a Liga Insights. Abra uma conta gratuita e receba 100 créditos grátis para testar.